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As discussões dos modelos de Desenvolvimento Inclusivo para Pessoas com Deficiência (DID) ajudam na elaboração de projetos para outros países, como o Brasil

Publicado em 3 de agosto de 2017


Passando por escolas, postos de saúde e organizações da sociedade civil, representantes da NLR de cinco países fizeram visita ao Nepal entre os dias 9 e 15 de julho. Durante a visita, foram mostradas as ações realizadas em comunidades do país asiático para permitir a inclusão social de pessoas com deficiências. Em localidades como Jante e Letang, na região da cidade de Biratnagar, os modelos de vilas acessíveis vão além de mudanças físicas em edificações, propondo também novas atitudes nas comunidades. Assim, a busca é por oportunidades e direitos iguais para todos, por acesso integral às políticas públicas e pelo fim da discriminação. Na concepção do projeto, as deficiências dizem respeito a toda a comunidade, sendo um sinal de diversidade dentro dela.

O Modelo de Vilas Acessíveis para Pessoas com Deficiência é um projeto realizado pela NLR Nepal em articulação com organizações de pessoas com deficiência. Na cidade de Katmandu, a iniciativa foi apresentada durante oficina com membros da NLR Índia, Indonésia, Moçambique, Brasil e Holanda. O projeto se fundamenta em quatro pilares: sustentabilidade, envolvimento da comunidade, tecnologia e conectividade. Assim, a visão do modelo perpassa questões de infraestrutura, geração de renda e acesso aos serviços.

No Nepal, 80% da população vive em zonas rurais. O contexto apresentado para o país foi de hábitos de saneamento e higiene considerados abaixo do padrão e altos índices de discriminação e violência contra populações marginalizadas - incluindo pessoas com deficiências.

 

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Nas visitas de campo, os representantes puderam conferir as iniciativas de inclusão de alunos com deficiência nas escolas, além de práticas de educação com foco na Água, Saneamento e Higiene (WASH - serviços que devem ser ampliados para a população, conforme os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas). As comunidades também contam com atividades de geração de renda e com o envolvimento de jovens em organizações de pessoas com deficiência. 


A NHR Brasil foi representada na visita por Margarida Praciano, do setor de Relações Institucionais. As discussões e vivências permitiram a troca de ideias com os projetos do Nepal e dos demais países, com experiências a serem adaptadas à realidade do Brasil dentro da linha de atuação para o Desenvolvimento Inclusivo para Pessoas com Deficiência (DID).