Hanseníase

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Hanseníase

O Brasil é o segundo país do mundo em número absoluto de pessoas acometidas pela hanseníase, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2019, foram 27,8 mil casos novos registrados no Brasil. A Índia aparece em primeiro lugar, com 114,4 mil novos casos. O terceiro país em números absolutos é a Indonésia, com 17,4 mil novos casos em 2019.

Na Estratégia Global da Hanseníase 2016-2020, lançada pela OMS, o enfrentamento à doença está estruturado em três pilares: 1) fortalecer governos, parcerias e coordenações; 2) interromper a hanseníase e suas complicações; 3) interromper a discriminação e promover inclusão.

A estratégia tem como três metas definidas para 2020:

  • Zero incapacidades entre novos casos em crianças
  • Taxa de grau 2 de incapacidade menor que 1 caso por 1 milhão de habitantes
  • Zero países com leis que permitam a discriminação baseada na hanseníase

 

No Brasil, 1,3 mil casos foram diagnosticados em menores de 15 anos em 2019. Casos confirmados entre crianças indicam que há circuitos ativos de transmissão em áreas mais endêmicas. Assim, é necessário identificar pessoas próximas a estas crianças que podem estar infectadas sem acesso ao diagnóstico e ao tratamento.

Dos casos registrados no País em 2019, 10% apresentavam Grau 2 de Incapacidade Física (GIF 2) no momento em que foram diagnosticados.

 

Informações importantes

  • A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae (ou bacilo de Hansen).
  • A micobactéria se multiplica lentamente, com um período médio de incubação da doença de 5 anos.
  • Os sintomas podem aparecer dentro de um ano, mas também podem levar até 20 anos ou mais para se manifestarem.
  • Os principais sinais e sintomas incluem: manchas na pele com alteração de sensibilidade; fisgadas ou dormências nas extremidades do corpo; perda ou alteração de sensibilidade ao calor, frio, dor e toque; caroços e inchaços no corpo; perda de pelos e diminuição do suor; perda ou alteração da força muscular; e ressecamento dos olhos.
  • A doença afeta a pele, os nervos periféricos, mucosas do trato respiratório e os olhos.
  • A hanseníase pode ser transmitida pelas vias aéreas superiores (nariz e boca), por meio de gotas eliminadas no ar em um convívio próximo e prolongado com pessoas que têm a doença e não iniciaram o tratamento.
  • A hanseníase tem cura, e o tratamento no Brasil é gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).
  • Sem tratamento, a hanseníase pode afetar, progressivamente, a pele, os nervos, os membros e os olhos.
  • Quanto mais cedo o diagnóstico e o início de tratamento, mais chance de prevenção para incapacidades ou deficiências.
  • As pessoas que tiveram convívio próximo com a pessoa diagnosticada deve ser examinadas e acompanhadas nos serviços de saúde.

 

Mais informações:

Agência Fiocruz de Notícias - Hanseníase 

Ministério da Saúde - Hanseníase

Estratégia Global para Hanseníase – OMS

Guia de apoio para grupos de Autocuidado em Hanseníase