Desvendando a hanseníase: quais os mitos que envolvem a doença?

Desfazer alguns mitos que rodam a hanseníase significa contribuir para enfrentar o estigma e promover a inclusão de milhares de pessoas acometidas. Vamos nessa?

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Tenho certeza de que quando você ouviu falar sobre hanseníase, diversas informações vieram à sua mente. Mas será que todas elas são verdadeiras?

Historicamente, no senso comum, muitas ideias equivocadas sobre a doença foram criadas, o que nem sempre corresponde à realidade e dificulta a abordagem adequada da enfermidade. Algumas dessas ideias são inclusive estigmatizantes, o que estimula o preconceito e traz sofrimento às pessoas acometidas. 

Que tal testar seus conhecimentos sobre a hanseníase e ser um agente de enfrentamento da doença? Separamos 5 tópicos para você identificar quais delas são mitos ou verdades, a fim de ampliar sua conscientização sobre o assunto. Vamos lá? 

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 1) "A hanseníase é uma doença altamente infecciosa". 

 Mito! 

A hanseníase é uma doença pouco contagiosa, uma vez que sua transmissão requer um contato muito prolongado (de meses ou até anos) e bastante próximo com uma pessoa acometida e que não deu início ao tratamento. Além disso, apenas uma pequena parcela das pessoas expostas ao Mycobacterium leprae desenvolvem a doença, uma vez que fatores genéticos contribuem para uma resposta imunológica, conferindo resistência à infecção em grande parte da população.

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 2) "A hanseníase tem tratamento e tem cura". 

 Verdade! 

Sim, a hanseníase tem curta! O tratamento é seguro e eficaz e está disponível de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele consiste na administração de três antibióticos: rifampicina, dapsona e clofazimina. A Poliquimioterapia, como o tratamento da hanseníase é denominado, foi implementada em 1992 no Brasil e é definida pela Organização Mundial da Saúde como uma das estratégias mais importantes para a eliminação da doença a nível global. 

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 3) "Pessoas com hanseníase devem viver em isolamento". 

 Mito! 

Não é necessário isolar uma pessoa com hanseníase para evitar a transmissão da doença, uma vez que, iniciado o tratamento, ela deixa de transmiti-la. Vale lembrar que o isolamento compulsório de pessoas acometidas pela hanseníase foi uma medida implementada entre as décadas de 20 e 80 no Brasil de forma discriminatória, separando milhares de pessoas de seus familiares e grupos sociais, causando danos geracionais que seguem ainda hoje endo reparados. Por isso, é importante fornecer apoio para que elas possam viver de forma plena e livres da discriminação associada à doença.

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 4) "Formigamento e dores nos nervos podem ser sinais da hanseníase". 

 Verdade! 

Sinais e sintomas visíveis da hanseníase podem se apresentar por meio de manchas de coloração diferente da cor da pele, com diminuição da sensibilidade dolorosa, tátil e térmica. As manchas, assim como caroços e inchaços, podem aparecer por todo o corpo, mas é comum que elas surjam nos braços, pernas e costas. Mas é importante ressaltar que a hanseníase também pode se manifestar por meio de sensações de formigamento ou dormência nas extremidades do corpo, além de dores nos nervos e perda da força muscular, mesmo que a pessoa não apresente manchas ou caroços na pele.

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 5) "A hanseníase pode causar a ruptura (queda) de membros como dedos dos pés e das mãos". 

 Mito! 

A hanseníase não causa queda de partes do corpo. No entanto, um dos sintomas da doença é a perda da sensibilidade térmica e tátil em determinadas regiões como pés e mãos. Devido a essas características, pessoas acometidas podem estar mais suscetíveis a machucados, aumentando o risco de lesões graves que podem infeccionar e, em casos excepcionais, levar a amputações. Mas é importante ressaltar que a infecção pelo Mycobacterium leprae e o desenvolvimento da hanseníase não acarreta em perda do tecido da pele, nem na ruptura de membros. 

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 Tópico Extra: "Você pode ser um(a) aliado(a) pelo enfrentamento da hanseníase no Brasil". 

 Verdade! 

Ao longo dos anos, a NHR Brasil tem sido uma importante aliada na luta contra a hanseníase, mas esse desafio não seria possível sem o apoio de diversos parceiros: e você pode ser um deles! Com seu suporte, podemos seguir implementando pesquisas para o controle epidemiológico da hanseníase, além de oferecer recursos para o fortalecimento da autoestima das pessoas atingidas e promover iniciativas de estímulo à autonomia financeira. 

 Vem com a gente! 

Juntos, podemos construir um Brasil mais inclusivo e livre do sofrimento e da exclusão causados pela hanseníase. Clique abaixo e faça parte dessa missão! 

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