5 fatos que você precisa saber sobre a hanseníase
Consideradas uma das doenças mais antigas do mundo, a hanseníase ainda é considerada um problema de saúde pública. Conheça mais sobre a doença e ajuda e enfrentar o estigma!
Você já ouviu falar sobre o Janeiro Roxo?
A campanha nacional oficializada em 2016 pelo Ministério da Saúde busca mobilizar a população a conhecer sobre a hanseníase e juntar esforços para o enfrentamento da doença e do estigma. O Janeiro Roxo surge da união de diversas organizações da sociedade civil e é endossado através ações de conscientização por todo o território brasileiro durante o primeiro mês do ano. É por meio de atividades que difundem as informações chaves sobre a hanseníase que a campanha procura atingir seu principal objetivo: combater o preconceito e a desinformação acerca da enfermidade.
Seguindo por esse caminho, que tal conferir 5 fatos fundamentais sobre a hanseníase e seu contexto no Brasil? Olha só!
Fato 1. A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae
A enfermidade atinge a humanidade desde 4.300 a.C, mas foi em 1873 que seu agente causador foi descoberto: o Mycobacterium leprae (M. leprae) ou bacilo de Hansen. Sua multiplicação ocorre lentamente, com um período de incubação de aproximadamente dois a cinco anos.
Fato 2. Hanseníase não é transmissível pelo toque, abraço ou beijo
Todos nós já tivemos contato com bacilo de Hansen, porém apenas cerca 10% da população apresentarão os sinais e sintomas. Apesar de ser transmitida apenas via respiratória, ela só acontece a partir do contato próximo e muito prolongado (semanas, meses e até anos!) com alguém acometido pela enfermidade que não de início ao tratamento. Vale lembrar que não se transmite a hanseníase pelo abraço, relação sexual, compartilhamentos de pratos, talheres, roupas de cama e outros objetos.
É importante mencionar que a probabilidade de desenvolver hanseníase é significativamente ampliada quando se mantém contato próximo e prolongado com indivíduos afetados pela doença e que não estejam em tratamento. Afinal, quando uma pessoa inicia o tratamento de maneira apropriada, ela não apenas dá os primeiros passos no processo de cura, mas também deixa de transmitir a enfermidade.
Vale destacar que estratégias de prevenção, como o diagnóstico precoce, o tratamento em tempo oportuno e a verificação contínua de contatos que convivem ou conviveram com pessoas acometidas favorecem a interrupção a cadeia de transmissão da hanseníase.
Fato 3. A doença afeta nervos, pele, mucosas do trato respiratório e os olhos
Os principais sinais e sintomas da hanseníase podem surgir muitos anos após o contágio. Os mais comuns envolvem manchas na pele com alteração de sensibilidade; fisgadas ou dormências nas extremidades do corpo; perda ou alteração de sensibilidade ao calor, frio, dor e toque; caroços e inchaços no corpo; perda de pelos e diminuição do suor; perda ou alteração da força muscular; e ressecamento dos olhos.
Fato 4. O Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de casos de hanseníase
Apesar de estar atrás apenas da Índia em números absolutos de hanseníase, o Brasil está no topo da lista se considerada a taxa proporcional à população. Apenas em 2022 foram diagnosticados 14.962 novos casos de hanseníase no Brasil. Esse número, no entanto, representa um cenário de subnotificação de casos da doença, já que em anos anteriores a média de diagnósticos chegava a 30 mil casos por ano no território brasileiro.
A hanseníase está no rol das Doenças Tropicais Negligenciadas, um grupo de enfermidades que ainda necessitam de maior atenção e investimentos na área de pesquisa farmacêutica e de políticas públicas. Além disso, tais enfermidades estão associadas à vulnerabilidade socioeconômica, uma vez que pessoas em situação de pobreza são estatisticamente mais afetadas pelas doenças.
Fato 5. Hanseníase tem tratamento e cura!
Disponível de forma gratuita no Brasil, o tratamento da hanseníase é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e possibilita a cura da pessoa acometida! O tratamento conhecido como Poliquimioterapia (PQT) consiste na administração de três antibióticos: rifampicina, dapsona e clofazimina. Implementada em 1992, é definida pela Organização Mundial da Saúde como uma das estratégias mais importantes para o controle da doença a nível global.
Fato Extra: você não está sozinho(a)!
Por mais que a hanseníase ainda seja um problema de saúde pública no País, é importante frisar que a pessoa acometida não está sozinha! A NHR Brasil, através de iniciativas voltadas para enfrentar o estigma e promover a autoestima de grupos afetados, implementa atividades que têm um impacto transformador em centenas de vidas.
Seja incentivando diferentes formas de prevenção e diagnóstico precoce, construindo caminhos para o fim do estigma ou promovendo a reabilitação social e econômica, a NHR Brasil busca enfatizar tanto para as pessoas afetadas quanto para a sociedade em geral que é possível superar os desafios quando unimos forças nessa jornada. Clique abaixo e faça parte dessa missão!