NHR Brasil realiza mutirão de atendimento em Maracanaú

Em parceria com a Secretaria de Saúde do município, a ação contou com oficinas de
sensibilização e treinamento de profissionais de saúde para busca ativa de casos.

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A NHR Brasil, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Maracanaú (CE), realizou na última sexta-feira (31) um mutirão de atendimento voltado para a prevenção da hanseníase na região. A atividade foi parte da Oficina “Ações de Controle da Hanseníase”, que buscou sensibilizar Agentes Comunitários de Saúde do município para um olhar mais atento sobre a doença, além de capacitá-los a contribuir com a busca ativa de casos por meio do Questionário de Suspeição em Hanseníase – QSH, recomendado pelo Ministério da Saúde.

Com o objetivo de desenvolver estratégias aprimoradas de vigilância de casos de hanseníase na região do Maracanaú, sobretudo no entorno da região da ex-colônia Antônio Justa, a equipe da NHR Brasil contou com a participação de pelo menos 35 agentes, lotados em 7 unidades de saúde do município. Além destes profissionais, enfermeiros e médicos também acompanharam a ação.

Ainda no mês de fevereiro, aulas ministradas pela equipe da NHR Brasil apresentaram conceitos epidemiológicos da hanseníase, atentando para questões sobre a cadeia de transmissão da doença. Além disso, os profissionais de saúde foram instigados a discutir sobre o estigma e o preconceito que cerca as pessoas acometidas pela hanseníase.

MutiraoMaracanauNHRBrasil2Já no mutirão, foram realizados 30 atendimentos em duas Unidades de Saúde. Entre eles, foram identificados 2 casos de hanseníase, que receberam todas as orientações para dar início ao tratamento.

Askanio Teixeira, enfermeiro e gestor de projetos da NHR Brasil, avalia que o processo representa uma mobilização benéfica tanto para a organização quanto para o município de Maracanaú. 

“Conseguimos treinar e sensibilizar uma quantidade satisfatória de profissionais de saúde para identificar e realizar triagens de casos de hanseníase. A equipe estava realmente envolvida e interessada na ação, o que tornou ainda mais proveitoso o momento”, ressalta ele. “Isso nos mostra a importância de continuarmos buscando por casos de hanseníase, principalmente em regiões endêmicas como Maracanaú, para possibilitar o diagnóstico precoce e a vigilância de contatos”.

Fabiano Teixeira, gerente do Programa de Hanseníase de Maracanaú, destaca que o controle e posterior erradicação da doença passa pela educação permanente envolvendo todos os profissionais da saúde, bem como envolver a população para identificar sinais e sintomas.

“Ações como essa são fundamentais para fortalecer nossa rede assistencial e disseminar informações na comunidade para estabelecer fluxos e rotinas de atendimento, além de reforçar a busca ativa por casos novos e suspeitos”, avalia Fabiano.