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Os temas foram expostos e debatidos no Simpósio Brasileiro de Hansenologia

A NHR Brasil e a NLR participaram de importantes discussões no primeiro dia do 11º Simpósio Brasileiro de Hansenologia, destacando as iniciativas de quimioprofilaxia e de reabilitação socioeconômica na hanseníase. O evento é realizado de forma virtual entre os dias 15 e 17 de dezembro, promovido pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH).

As evidências científicas e os resultados exitosos da quimioprofilaxia foram o centro do Evento Satélite realizado na tarde da terça-feira, 15 de dezembro. Coordenada por Aymée Medeiros, coordenadora do Programa PEP++ na NHR Brasil, a mesa contou com contribuições de convidados internacionais.

Wim van Brakel, coordenador técnico sênior do Programa PEP++ na NLR, falou sobre avanços, perspectivas e evidências científicas sobre o esquema de prevenção com dose única de rifampicina (PEP-RDU). O pesquisador apresentou também atualizações sobre o Programa PEP++ nos três países integrantes do estudo: Brasil, Índia e Indonésia.

A mesa contou com o relato de experiências de PEP-RDU já iniciadas. O projeto PEP-HANS no Brasil foi apresentado por Eliane Ignotti, da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). As vivências do projeto LPEP no Nepal foram trazidas por Nand Lal Banstola, coordenador nacional do LPEP na NLR Nepal.

Também representando a NLR, a consultora técnica Liesbeth Mieras abordou a viabilidade e a aceitabilidade do PEP-RDU, além de várias abordagens de implementação.

A NHR Brasil esteve presente também na abertura do Simpósio. Alexandre Menezes, coordenador nacional da organização, pontuou a relevância do evento em um contexto crítico para o mundo, com aumento das desigualdades durante a pandemia. O gestor também apontou a necessidade de ações mais efetivas para garantir direitos e acesso às pessoas acometidas pela hanseníase e outras doenças negligenciadas.

Em mesa iniciada às 20 horas, foi explorado o tema da reabilitação socioeconômica na hanseníase. Uma perspectiva geral sobre o tema e as experiências do projeto da NHR Brasil foram trazidas por Rejane Almeida, assessora técnica da organização, e Albanete Mendonça, representando a Agência Estadual de Vigilância em Saúde de Rondônia.

O momento contou ainda com os relatos pessoais de duas pessoas beneficiadas pelo projeto. Maria da Silva Lima e Maria Marluz de Carvalho partilharam sobre suas vivências após participarem de oficinas de gastronomia e de artesanato. As duas tiveram hanseníase no passado e conseguiram alcançar melhor qualidade de vida com a renda gerada a partir das atividades aprendidas.

Os relatos delas e de outras pessoas alcançadas pelo projeto podem ser conferidos no documentário Além da Hanseníase - Histórias de Esperança, lançado pela NHR Brasil em 2020.