Simpósio debate controle de hanseníase e doença de Chagas
O simpósio é uma das ações do projeto de Integração de Doenças Tropicais Negligenciadas na Bahia, apoiado pela NHR Brasil em 2019
O controle da hanseníase e da doença de Chagas está no centro das discussões do 1º Simpósio IntegraDTNs Bahia, evento que tem como objetivo discutir as duas doenças tropicais negligenciadas. O encontro será realizado no auditório principal da Universidade Federal da Bahia (UFBA), nos dias 4 e 5 de abril. Oficinas de construção, debates sobre estratégias de conscientização, estudo de casos, painéis e conferências fazem parte do simpósio.
O objetivo é discutir as dificuldades e os desafios relacionados às doenças e melhorar a formação dos profissionais da saúde pública para que possam melhorar as habilidades de diagnóstico. Em especial, profissionais da atenção básica são chamados a participar, além de profissionais da vigilância epidemiológica, gestores da saúde, professores, pesquisadores e estudantes.
Também são convidados a participar os integrantes de movimentos sociais relacionados à hanseníase e à doença de Chagas, além de pessoas que já foram atingidas e que convivem com as doenças. A ideia é dar voz às pessoas diretamente beneficiadas pelo projeto IntegraDTN, para que elas também possam contribuir com as discussões, comenta Eliana Amorim, coordenadora do projeto.
Abordagem integrada
O trabalho integrado para o controle da hanseníase e da doença de Chagas é realizado desde julho de 2018 por pesquisadores do Instituto Multidisciplinar em Saúde da UFBA. Em 2019, a NHR Brasil entra como uma das financiadoras do projeto, apoiando tanto a realização do simpósio como as atividades de campo. A iniciativa se integra a uma das linhas prioritárias de ação da NHR Brasil, apostando em abordagens integradas para a prevenção de deficiências.
Um dos eixos da iniciativa é a capacitação de agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE), por meio de visitas às casas das regiões incluídas no projeto para capturar o barbeiro, portador do parasita causador da doença de Chagas. Assim, o objetivo principal é diminuir a incidência de casos nos municípios de Anagé, Encruzilhada, Tremedal, Vitória da Conquista e Barra do Choça.
Os profissionais também têm atenção especial para pessoas que tiveram hanseníase, fazendo a avaliação dos contatos para fortalecer a identificação de novos casos e prestando apoio em questões vinculadas ao estigma e à co-infecção com a doença de Chagas.
Data de publicação: 15 de março de 2019