A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma abordagem preventiva para pessoas que foram
expostas ao agente causador de uma doença, visando evitar a sua evolução.

Na hanseníase, o esquema de PEP já foi iniciado em países endêmicos com administração da dose única do medicamento rifampicina.

O esquema reforçado (PEP++) faz a combinação da rifampicina com outro
medicamento: a claritromicina. O ensaio clínico administra os dois esquemas: PEP e
PEP++. Após mapeamento, os contatos dos casos de hanseníase receberão uma das
duas abordagens.

Nas áreas de intervenção, o PEP++ será administrado para cerca de 20 contatos mais
próximos do caso índice de hanseníase, enquanto cerca de 80 contatos menos
próximos receberão a rifampicina em dose única.

Nas áreas de controle, será administrado o esquema PEP para os contatos. Ao longo da
pesquisa, será possível avaliar e comparar a efetividade dos dois esquemas.
O objetivo é tratar 600 mil pessoas de forma preventiva nos três países incluídos no
programa – Brasil, Índia e Indonésia. No Brasil, o ensaio clínico é previsto para começar
no primeiro semestre de 2020. A intervenção tem duração de cinco anos e ocorre
paralelamente nos três países.

Durante a abordagem da pesquisa, pessoas que apresentarem sinais e sintomas da
doença serão encaminhadas para as unidades básicas de saúde dos municípios, onde
deverão ser examinadas para o diagnóstico.

A avaliação também verificará se a pessoa possui a marca da vacina BCG. Pessoas sem
imunização também serão encaminhadas para tomar a vacina nas unidades de saúde.


Situação atual: Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).