Fundação NHR Brasil intensifica ações em Redenção e Maracanaú

Como parte dos projetos Zero Transmissão e Zero Exclusão, atividades buscam promover o diagnóstico precoce da doença, além da inclusão e do cuidado integral às pessoas afetadas.

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Na última quarta-feira, 25 de setembro, a Fundação NHR Brasil acompanhou uma série atividades nos municípios de Redenção e Maracanaú como parte de seus projetos de enfrentamento à hanseníase na região. O momento contou com a presença de representantes da NLR (Netherlands Leprosy Relief), organização holandesa parceira na luta contra a hanseníase. Entre eles Linda Hummel, diretora da NLR; Karin van Knippenberg, Programme Officer; e Etelka Ubbens, presidente do board da NLR.

Pela manhã, as atividades se concentraram no CAPS Maria Celsa Teixeira de Araújo, onde as equipes de saúde da família Sede I e Sede II do Centro de Saúde Dr. Dilberto Prata Mota participaram de uma sessão de capacitação. O foco da ação foi o matriciamento de médicos e enfermeiros para detecção da hanseníase, prática fundamental para a identificação precoce da doença, que ainda é considerada endêmica na região.

Ana Rita Cardoso, gestora do projeto Zero Transmissão da Fundação NHR Brasil, destacou a importância desse trabalho em Redenção. "Temos desenvolvido um esforço contínuo para capacitar os profissionais de saúde na detecção precoce da hanseníase, o que é essencial para a interrupção da cadeia de transmissão. Hoje, além da capacitação, realizamos avaliações de pacientes, contribuindo diretamente para o diagnóstico e encaminhamento para o tratamento adequado."

Durante a manhã, pelo menos 15 pessoas foram avaliadas pela equipe, demonstrando o impacto direto da atividade na comunidade local. Para Linda Hummel, diretora internacional da NLR, a iniciativa exemplifica o compromisso da Fundação NHR Brasil e da organização holandesa em enfrentar a hanseníase de forma integrada. "É inspirador ver como estamos fazendo a diferença, tanto na capacitação dos profissionais quanto no atendimento direto à população. Isso reforça nossa confiança no trabalho que estamos apoiando no Brasil", afirmou a diretora.

Também pela manhã, a equipe visitou o Centro de Convivência Antônio Diogo, em Maracanaú. O espaço, que anteriormente funcionava como colônia para pessoas com hanseníase, hoje está vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e oferece serviços ambulatoriais de Dermatologia, além de promover a reabilitação física e social dos pacientes. A visita foi marcada por momentos de reflexão sobre a história do local, que remonta a uma época em que a segregação das pessoas com hanseníase era a única política de saúde vigente para conter a transmissão da doença.

Alexandre Menezes, diretor da Fundação NHR Brasil, falou sobre o simbolismo da visita ao Centro de Convivência. "O Centro de Convivência nos lembra de um passado de exclusão e estigma, mas também nos mostra o quanto avançamos na luta pela inclusão e pelo tratamento adequado das pessoas afetadas pela hanseníase. Hoje, o centro se dedica à reabilitação e ao cuidado, e a nossa presença aqui reforça a necessidade de continuarmos apoiando e lutando pela eliminação dessa doença."

No período da tarde, a equipe da Fundação NHR Brasil visitou a Unidade de Saúde da Família Narcélio Mesquita Mota, em Maracanaú, onde são realizadas atividades do Grupo de Autocuidado "Pode me Abraçar Sem Medo", uma iniciativa apoiada pela organização. Durante o encontro, os participantes compartilharam histórias inspiradoras de superação, criando um ambiente de apoio e solidariedade. Além disso, houve um momento especial de arte terapia, que proporcionou aos participantes uma oportunidade de expressar suas emoções e experiências de forma criativa, reforçando o vínculo entre os membros do grupo e promovendo o cuidado com a saúde mental.

“Essas atividades, realizadas em parceria com a NLR gestões municipais e estadual, são essenciais para promover não apenas a detecção precoce da hanseníase, mas também a inclusão e o cuidado integral das pessoas afetadas pela doença. Ao fomentar a capacitação dos profissionais de saúde e apoiar iniciativas de autocuidado, a Fundação contribui para a construção de uma rede de suporte que busca romper o ciclo do estigma e da exclusão”, avalia Alexandre.

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