Workshop aborda riscos da hanseníase no Piauí

Evento contou 19 instituições envolvidas no enfrentamento à hanseníase
e tratou de estratégias para prevenção e monitoramento da doença no Estado

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Com base no último Boletim Epidemiológico de Hanseníase, o Piauí passou a ocupar a quarta posição em detecção de casos da doença no Brasil, tendo registrado 683 novos casos em 2022. Dada a relevância epidemiológica da doença no estado, foi realizado, nos dias 29 e 30 de março, o Workshop de Análise de Risco da Hanseníase. O evento teve como objetivo analisar os resultados das ações realizadas pela rede local de vigilância e foi promovido pelo Centro de Inteligência de Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados (Ciaten), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde do Piauí (Sesa-PI), a NHR Brasil e o Instituto de Doenças do Sertão (IDS).

Durante o workshop, foram discutidos temas que fazem parte da estratégia nacional de Zero Transmissão da Hanseníase. O evento contou com a presença de 32 colaboradores de 19 instituições envolvidas ativamente na prevenção e controle da doença no Piauí, incluindo representantes do Morhan, agentes de saúde da Atenção Primária à Saúde, docentes da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal do Piauí (UFPI), bem como conselheiros de saúde.

Algumas das atividades incluídas nas estratégias traçadas no workshop envolveram o fortalecimento de capacidades dos profissionais de saúde em realizar o diagnóstico da doença, a melhoria do rastreamento de contatos, e a necessidade de investimentos em tecnologia digital, além de promover mais acesso ao diagnóstico, tratamento e realização de exames de a nível de atenção psicossocial.

Como parte da agenda do evento, os participantes visitaram o Centro Maria Imaculada, espaço de referência em combate à hanseníase no estado do Piauí. O encontro possibilitou que os envolvidos no Workshop conhecessem a instituição e suas atividades de atenção integral a pessoas acometidas pela doença. O momento permitiu para a NHR Brasil o planejamento de retomada da parceria com o Centro.

Para Alexandre Menezes, diretor executivo da NHR Brasil, discussões abordadas em encontros como este colaboram para o aprimoramento do controle da hanseníase não só a nível local, mas também em diferentes regiões do País.

“Enfrentar a hanseníase passa por ações integradas e estratégicas. Ao compartilhar conhecimentos, experiências e boas práticas, podemos aprender uns com os outros e adaptar as estratégias de enfrentamento da doença de acordo com as necessidades e peculiaridades de cada contexto”, destaca Alexandre.