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O evento foi um dos passos do projeto IntegraDTN++, buscando atividades conjuntas para a hanseníase e a tuberculose  

Combinar atividades para atenção, vigilância, pesquisa e controle da hanseníase e da tuberculose foi a proposta discutida durante oficina realizada nos dias 14 e 15 de outubro, no Hotel Villaoeste, em Mossoró. 

O debate foi promovido pelo projeto IntegraDTN++, com o objetivo de identificar barreiras e propor estratégias de intervenção e pesquisa operacional para o trabalho conjunto para as duas doenças.  

Nos últimos cinco anos, o município de Mossoró teve 457 casos novos de hanseníase e 577 casos novos de tuberculose. É possível que o projeto faça a integração das atividades com outra DTN presente no município.

“Somos uma cidade muito endêmica, tanto para tuberculose como para hanseníase. Essa junção de saberes e essa integralidade, a discussão com universidades e pessoas de diversos olhares, só vem para somar. Vamos entender os processos e as dificuldades, traçar metas juntos e, com certeza, ter um bom resultado no final”, avalia Cláudia Alencar, Gerente Executiva da Atenção Integral do município de Mossoró. 

Nos dois dias de oficina, foram discutidos diferentes aspectos da rede de atenção, como fluxos de atendimento e acompanhamento das pessoas acometidas por hanseníase e tuberculose no município, com debates sobre estratégias que poderão estabelecer uma abordagem combinada e o desenvolvimento de pesquisa operacional.  

Dentre os desafios levantados, foram citadas as capacitações dos profissionais de saúde e a qualificação do acesso, do diagnóstico e do acompanhamento dos casos na atenção básica. 

 

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“Nós ficamos muito felizes com essa iniciativa, pois a tuberculose é negligenciada e tem muitos desafios. Essa é uma oportunidade de conhecer e ter outros parceiros para que não fiquemos sozinhos e implementemos medidas para reduzir o número de casos”, partilhou Rossana Medeiros, enfermeira técnica do Programa de Tuberculose em Mossoró. 

O evento envolveu gestores municipais e estaduais, representantes dos profissionais da Atenção Primária à Saúde e do Centro de Endemias, de instituições de Ensino Superior, dos Conselhos de Saúde, da Assistência Social e de organizações comunitárias. 

“Conseguimos conhecer melhor o cenário da hanseníase e tuberculose em Mossoró a partir do excelente diálogo com os participantes, discutindo possíveis barreiras dos serviços de saúde, assim como as estratégias gerais de intervenção”, comenta Paula Kanikadan, coordenadora do projeto IntegraDTN++. O encontro permitiu construir uma agenda de compromissos a ser executada até o fim deste ano. “Foi o início da construção de um processo integrado, participativo e muito rico”, complementa Paula. 

Devido aos protocolos de segurança na pandemia de Covid-19, os dois dias de oficina contaram com participações presenciais e virtuais, adotando práticas de higienização, distanciamento social e uso de máscaras.